terça-feira, 15 de julho de 2008

Triste Sonho - 15/07/2008

Solidão

Triste e fria manhã de Novembro,
Uma chuva miúdinha cai sobre o meu rosto,
Misturando-se com as minhas lágrimas que me escorrem sobre a face
Caindo sobre o meu coração gélido.
Caminho pela rua de mãos dadas com a solidão,
Tudo o que vejo são apenas sombras inanimadas
Que parece terem sido congeladas no tempo e no espaço.
Apenas vagueio...
Não vejo por onde ando, nem penso para onde vou
Deixo deslizar o meu corpo, seguindo o fluir do meu sangue.
Não posso parar, isso não
Se o fizer serei mais uma sombra inanimada no meio de tantas outras.
Dou um passo, e a seguir mais outro...
Continuando a ter a solidão como minha fiel companheira
Entrelaçando fortemente os seus dedos nos meus,
Não me deixando escapar.
Passo a passo e a minha caminhada transforma-se num bailado,
Ao som de uma silenciosa sinfonia que apenas eu consigo ouvir,
Fazendo-me rodopiar como um furacão em plena tempestade.
A tristeza invade cada vez mais o meu corpo,
Eu apenas tento-me manter sóbrio.
Vou colocando um pé á frente do outro,
Caminhando assim enquanto tenho forças,
A solidão vai-me acompanhando jornada a jornada,
Sem nunca desertar, mantendo sempre o seu posto firme
Sempre fiel e boa conselheira,
Mas sem força para me ajudar a levantar quando caio,
E sem palavras doces para me consular enquanto choro.
Continuo a caminhar passo a passo,
Com uma mão dada á solidão
E com a outra apertando o meu coração...

by: Eric Pereira

1 comentário:

Teste Sniqper disse...

Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...