Fugir
Caminho rastejando os meus pés,
Sinto-me sem forças nem para respirar.
Cai-o sobre os meus joelhos esfolados
O pó entra pelas minhas narinas e tapa-me os olhos.
Não sei de onde venho, nem sequer para onde quero ir
Apenas sei que tento fugir…
Já nem tenho forças para me levantar,
Apenas penso em desistir e esperar ser apanhado.
Mergulho na escuridão das trevas,
Tudo o que respiro é amargura
E sinto um peso enorme sobre o meu peito.
Desfaleço sobre o terra,
Os meus sinais vitais ficam fracos
A toda uma vida passa-me agora pela frente
E reparo em tudo o que perdi,
As oportunidades que não agarrei
E todas as vezes que me desleixei.
Em pouco tempo milhares de pensamentos bombardeiam-me a cabeça,
São tão reais que parece que estão aqui e agora.
Todos este pensamentos parecem ganhar vida,
Dando-me um pequeno impulso para que me possa levantar
Demonstrando que ainda posso não estar no fim.
Uma porta se abre
E uma luz ilumina-me
Sinto a brisa da esperança a tocar-me o rosto.
Tudo isto pode não ser suficiente
Mas dá-me um pouco de forças para continuar a fugir.
A fugir do que nunca devia ter fugido.
Os problemas são como abutres,
Que sobrevoam a nossa cabeça à espera do nosso desfalecer.
Sei que estou sozinho,
Pelo menos pareço estar, mas já nada me importa
Sempre o estive…
Apenas respiro fundo uma última vez,
E limpo as minhas lágrimas.
Olho o pôr-do-sol lá ao fundo,
E continuo a fugir…
By: Eric Pereira
3 comentários:
como ja nos tens habituado, mais um post excelente!
com este comentário quero encorajar-te pra qu e continues assim. escreves muito bem e identifico-me muito com aquilo que mostras nos posts. um beijo Andreia Barbosa
ai ai sr...ta excelente
e como ja t disse algumas vezes dão-m arrepios, arrepios por saber que alguem com tu esta a sentir aquilo que escreves.
bj
Olá Eric
Parabéns pelo blog.
Tens muito talento!! continua assim. Se algum dia a investigação não der, podes sempre optar pela poesia :))))
já te adicionei.
valentim
Enviar um comentário