terça-feira, 30 de outubro de 2007

Triste Sonho - 30/10/2007

Dúvida

Meu coração bate arrebate,
Como um sino anunciando defunto em Outono,
A minha respiração está ofegante,
Sinto os meus pulmões arder.
Estou em sofrimento,
Sinto-me moribundo
Já perdi a noção da dor
Apenas me sinto dormente.
Deixei de saber quem sou e para onde vou,
O que quero e como quero,
Só uma coisa persiste,
A dúvida….
Posso gritar, arrancar os cabelos
Queimar os olhos e cortar a língua
Mas a dúvida mata-me,
Remoí-me os pensamentos
Posso continuar a roer as unhas até não sobrarem mais.
Deixei de saber se a rotação da Terra é para a direita ou para esquerda
Mas sei que o aliviar de uma dúvida, é contrária à lei da Gravidade.
Dúvidas, questões e pontos de interrogações,
Quanto eu queria não ter isto sempre presente,
Tira-me o sono e assim o sonho.
Traz-me sofrimento e tristeza,
Por vezes até me alivia a consciência,
Mas outras vezes não…
“Penso logo existo”, já dizia Descartes
Mas a dúvida condiciona a minha existência.
Duvido para não sentir culpa,
Mas culpo-me por que duvido.
Dúvidas, e mais dúvidas
Nunca mais acabam…
Mais uma dúvida
E mais um ciclo vicioso que me leva a uma roleta russa.
Duvido porque tenho dúvidas,
A dúvida persegue-me
Mas tudo o que me interessa é as respostas…


by: Eric Pereira

Sem comentários: